A desestalinização repercutiu diretamente nos países europeus do bloco socialista, de onde emergiram diversas dissidências e ameaças à estabilidade do Leste europeu. Um importante fato ocorrido nesse período foi a violenta ação armada soviética na Hungria, em 1956, para depor Imre Nagy, que pretendia retirar o país do Pacto de Varsóvia e, conseqüentemente, do controle de Moscou. Paralelamente, o processo de "liberalizar" o regime facilitou a aproximação da União Soviética com os Estados Unidos, em particular depois que Krushev passou a defender uma política de coexistência pacífica, único meio para evitar um confronto atômico e direto entre as superpotências. O novo caminho das relações da Guerra Fria permitiu que, pela primeira vez, um líder socialista soviético visitasse os Estados Unidos (1959). Por outro lado, a nova política externa defendida por Kruschev levou a República Popular da China, em 1960, a romper relações com a União Soviética por discordar da desestalinização e do processo de aproximação com o Ocidente, por conflitos de fronteiras e pela quebra soviética, em 1959, do acordo nuclear. Seguindo os passos da China, a Albânia, em 1961, também rompeu relações com a União Soviética.
John F. Kennedy e Nikita Kruschev
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