quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A Política de Brejnev

A deposição de Khrushchov e a posse de Leonid Brejnev representaram a volta da burocracia no poder, burocracia esta que existia na União Soviética desde os anos 30, mas que foi camuflada por Khrushchov para não se assemelhar a Stálin. Brejnev desenvolveu a política de Brejnevismo, uma política neo-stalinista, que pretendia manter a União Soviética como eixo socialista no mundo, esta política era caracterizada stalinista por manter a hegemonia socialista, promover o culto da personalidade e manter uma burocracia na política, burocracia que, segundo Brejnev era impossível de remover sem apelar para meios utópicos.

Foi durante a gestão de Brejnev que o hino soviético recuperou sua letra e propagandas anti-imperialistas eram lançadas na imprensa.Durante esta época, a URSS conseguiu atingir seu auge político, militar e econômico, tendo grande influência em todo o mundo, desde a economia até os esportes. Unindo ao medo americano do avanço comunista, Brejnev conseguiu um dos maiores arsenais e o maior exército do mundo, o que levou a um medo de uma guerra próxima, que por conseqüência levou à tratados de paz, que junto de outras táticas de pacificação conseguiu se distender com o ocidente, ficando conhecido com o nome de distensão.

  • Hino Nacional da URSS

A união indestrutível das repúblicas livres.
A Grande Mãe-Rússia consolidou para sempre.
Viva a criada pela vontade dos povos,
Única, poderosa União Soviética!

REFRÃO: Glória à nossa Pátria livre,
Sólido esteio da amizade dos povos!
Que a bandeira soviética, bandeira popular,
Conduza(-nos) de vitória a vitória!

Através das tempestades brilhou-nos o sol da liberdade,
E o grande Lênin iluminou-nos o caminho,
Stálin educou-nos à dedicação ao povo,
Inspirou-nos ao trabalho e às façanhas!

(REFRÃO)

Formamos o nosso exército nas batalhas,
Varreremos os infames inimigos do caminho!
Nas batalhas, decidimos o destino das gerações,
Levaremos nossa Pátria para a glória!

(REFRÃO)



Apesar de pacificar as coisas, diversas guerras a mando de Brejnev ocorreram, como a invasão da Tchecoslováquia em 1968, até a do Guerra do Afeganistão em 1979. Uniu-se com a Iugoslávia e denunciava freqüentemente a aproximação chinesa com os Estados Unidos, mas por final, acabou entrando em consenso com a China em uma neutralidade. Na política interna, Brejnev permitiu a emigração de judeus para Israel, alegando que o correto era manter os problemas longe. Visitava fábricas, casas e fazendas para cumprimentar os cidadãos e perguntar como iam as coisas, e sempre dizia que podiam suportar tudo, em exceção da guerra.


 
Invasão da Tchecoslováquia


Brejnev sempre valorizava o interesse da classe trabalhadora, e dificilmente negou pedidos e sugestões do proletariado soviético.

Sob sua gestão, a saúde e educação se tornaram prioridades, mantendo erradicado o analfabetismo e dando saúde, remédios e atendimento médico para todos os cidadãos, inclusive estrangeiros. A taxa de cidadãos abaixo da linha de pobreza durante sua gestão era de 1,5%. A Rússia nunca mais chegou até este nível.

Entre 1956 e meados dos anos 1970, a União Soviética atingiu seu auge geopolítico e tecnológico. Foi a fase de maior crescimento econômico, envolvendo o esforça da reconstrução pós-II Guerra Mundial e a competição com os EUA no início da Guerra Fria. Entretanto, a partir do final dos anos 1970 começam a ficar claras as limitações do modelo soviético de economia planificada.

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